quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Lançado há um ano...

... o projecto "80 Anos de Zeca" constituiu um espaço de liberdade onde foram nascendo e vivendo inúmeras iniciativas destinadas a celebrarem a obra e o exemplo cívico de José Afonso.
Por este "blog" foi passando toda a informação sobre essas iniciativas.
Conforme sempre esteve acordado entre todas as entidades subscritoras o projecto "80 Anos de Zeca" terminou em Guimarães no fim de semana de 2 de Agosto.
Ficará aqui como fonte de consulta, quanto mais não seja para memória futura.
Até sempre!
"80 ANOS DE ZECA"

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Fim de Festa | 2ª feira | carro do Zeca na Marcha Gualteriana


chaimite cedida pela Associação 25 de Abril


segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Fim de Festa | bancas, exposições e debates durante os 3 dias









Fim de Festa | Domingo | palco 80 anos de Zeca


Ana Afonso



Colectivo Xestal


Fados de Coimbra


Dino Freitas

Fim de Festa | Domingo | intervenção de encerramento por Paulo Esperança


Termina amanhã, dia 2 de Agosto, no desfile das Festas Gualterianas, o que começou faz, precisamente amanhã, um ano.
De facto, nesse desfile, a “chaimite” de Salgueiro Maia e de tantos outros homens e mulheres que fizeram da sua vida um permanente combate pela chegada do “dia inteiro e limpo” que Sofia de Mello Breyner havia adivinhado caminhará orgulhosamente por estas ruas de Guimarães fazendo “guarda de honra” ao carro “80 Anos de Zeca”.
Termina amanhã o que sempre esteve estabelecido e acordado!
Quando a Associação José Afonso (núcleo do norte) desafiou no Verão passado uma série de entidades colectivas a celebrarem, conjuntamente, a data de nascimento de José Afonso e o orgulho que a humanidade deve ter em poder desfrutar da sua obra e do seu exemplo cívico, sabia ao que ia.
Sabíamos que íamos à luta, ao confronto de ideias, enfim, à necessidade de juntar forças para “agitar a malta”!
E foi lindo!
Vocês não conseguem imaginar a emoção que foi ver os “putos” da Escola da Ponte (Vila das Aves) a cantarem no átrio do Coliseu do Porto, ou a malta da Faculdade de Belas Artes a ouvir histórias sobre o Canto de Intervenção! Ou as tertúlias no CAR, no “Gato Vadio”, na Casa Viva, em Alenquer ou em Braga…e sei lá que mais!
Para não vos falarmos das jornadas em Cangas, Redondela, Santiago de Compostela, Vigo, Ferrol…sempre na Galiza!
Preocupamo-nos…TODOS os subscritores deste projecto em levar o Zeca a quem o não conhecia: o saudosismo não fez parte do nosso ideário!
Celebrar o poeta, andarilho e cantor é afirmar de forma clara que o mundo é composto de mudança e que os “vampiros” de há 40 anos estão aí, de novo, à espreita, para “chupar o sangue fresco da manada”!
Por isso, temos o direito, neste Largo de todas as cores, no fim deste projecto “80 Anos de Zeca” de continuar a desejar que se inventem pontos de encontro das “grandolas” que precisamos de ver nascer e renascer todos os dias.
O projecto “80 Anos de Zeca” que cresceu e se afirmou entre 2 de Agosto de 2009 e 1 de Agosto de 2010 quer, com as iniciativas que decorreram durante este fim-de-semana assinalar essa data na certeza de que continua a fazer falta cantar, ler e olhar para o Zeca dos óculos grandes e distraído, mas sempre atento às amarguras da vida que perpassam pelos seres humanos.
Pegue-se nalgumas das músicas que nos deixou e aí estão elas, infelizmente, tão actuais: a denúncia da violência de género, a crítica aos senhores do “posso, quero e mando”, a solidariedade com os povos oprimidos, a denúncia da exploração do homem pelo homem, a esperança de que com o permanente desassossego esta vida não tem que ser, sempre, cinzenta e triste.
Por isso, como o Zeca faria seguramente, queremos daqui saudar todos os homens e mulheres que, gritando o seu ódio ao vazio, clamam palavras de esperança por um mundo mais inclusivo e solidário, no fundo exigindo que a justiça social não seja apenas uma figura de retórica vertida na Constituição da Republica.
Estamos aqui hoje porque como o Zeca, continuamos a pensar que faz falta avisar e agitar a malta, que faz falta a inquietação quotidiana, que é preciso a denúncia de um sistema feio e ameaçante que transforma os homens e as mulheres em números apenas necessários para rever o PIB ou impor desumanização.
Nesta jornada de memórias, fundamentalmente viradas para o futuro quisemos trazer até vós a certeza de que o mundo sem muros nem ameias, com gente igual por dentro e gente igual por fora, está aí, em todos os “cantinhos” de cada um de nós, à espera do que faz falta fazer.
A insubmissão tem de nascer em cada minuto que passa!
Vamos a isso… porque isso… vai valer a pena!
Contem connosco para tudo…e para o resto que faz falta fazer!
Até sempre Zeca… até sempre para todos nós …na certeza de que as esquinas da vida e da luta serão sempre o nosso permanente local de encontro.

Fim de Festa | Domingo | performance na Praça


Paulo Jorge, Daniel e António Domingos

domingo, 1 de agosto de 2010

Fim de Festa | Sábado | palco 80 anos de Zeca


Judite Almeida fala das relações entre o Zeca e a Galiza

Fim de Festa | Sábado | palco 80 anos de Zeca


Judite Almeida


Virar Dasquina


Gabriela Marques e José Luís Guimarães


Bella Damião


Chamaste-m`Ó


Francisco Fanhais


sábado, 31 de julho de 2010

Fim de Festa | 6ª feira | palco 80 anos de Zeca


Cantar Zeca


Tino Flores e Paulo Rodrigues


Francisco Fanhais e Rui Pato

Fim de Festa | 6ª feira | intervenção de abertura por Gabriela Marques

Boa noite a todos
Amigas e amigos de José Afonso


Antes de mais gostaria de deixar os nossos agradecimentos às seguintes entidades pelo seu apoio e participação nestes 3 dias de festa em Guimarães
OFICINA
Associação das Marchas Gualterianas
CICP
Gabinete de Imprensa de Guimarães
Museu Alberto Sampaio
Cineclube de Guimarães
Escola EB 2/3 Santos Simões


Cabe-me a mim a honra de abrir estes dias de festa do projecto 80 anos de Zeca e para tal começarei por fazer uma pequena contextualização do sentido do projecto, do caminho percorrido e deste fim de festa, que durará até 2ª feira, dia em que o Zeca faria 81 anos.

Este projecto nasceu de um sonho – nasceu mais precisamente daquele “sonho que comanda a vida”.
O Núcleo do Norte da Associação José Afonso sonhou um projecto para celebrar a vida, a obra e o exemplo cívico de José Afonso.

Mas não o quis, nem poderia, fazer sozinho.
Para tal, desafiou algumas dezenas de organizações a unirem-se num processo comum, onde todos pudessemos ter ideias e concretizá-las, onde todos pudessemos trabalhar livremente, de forma autónoma, fraterna e solidária.
De início, juntaram-se 30 organizações, que aceitaram e acarinharam esse sonho, assumiram-no e tornaram-no seu.
O trabalho foi ganhando corpo, entusiasmo e vitalidade, alargou-se a outros locais de norte a sul do país, foi abraçado também pela Galiza, e termina neste fim de semana com 91 entidades subscritoras.


Este projecto arrancou publicamente no dia 2 de Agosto de 2009, dia em que José Afonso faria 80 anos, prolongou-se por todo o ano, concretizando cerca de 90 iniciativas das mais diversas expressões - colóquios, debates, bancas de materiais, exposições documentais, de trabalhos de alunos das escolas, de artes plásticas, tertúlias, sessões de poesia, concertos, teatros, sessões de cinema, emissões de rádio, projectos colectivos como o enorme puzzle que ali temos exposto, pintado por alunos do ensino pré-primário e básico.
Aliás, uma parte marcante de todo este processo foi precisamente o trabalho que várias escolas desenvolveram com os seus alunos, apresentando-os ao Zeca e dando-lhes a conhecer o homem e a obra.


O Zeca é fruto do seu tempo - compreender verdadeiramente a sua obra implica conhecer o contexto económico, social e político que o moldou, e a impulsionou: os 48 anos de fascismo em Portugal, a prisão política, a tortura, o assassínio, a censura, a guerra colonial, a fome e a miséria,... mas também, o 25 de Abril, o MFA, a agitação social e cultural do PREC, as cooperativas, o trabalho colectivo, as campanhas de alfabetização, o 11 de Março... e o 25 de Novembro.... a entrada de Portugal na CEE e todas as convulsões que o Zeca e o mundo que o envolvia experimentaram.
Para compreender a sua obra, necessitamos de compreender o homem e a realidade que o lapidou.

Também nós somos fruto da realidade que nos envolve. E essa realidade inclui já a obra, a experiência de vida e o testemunho cívico de José Afonso que hoje celebramos.
Desenganem-se porém aqueles que pensem que ouvi-lo, cantá-lo ou celebrá-lo sejam actos de saudosismo, nostalgia ou passadismo. Esses não sabem nem sonham...

Não sabem nem sonham que celebra o Zeca quem tem sede do futuro.
Celebra o Zeca quem não perde nunca a esperança no Ser Humano e naquilo que ele é capaz de construir.
Celebra o Zeca aquele que, compreendendo e aprendendo com a experiência dos que nos precederam, projecta e luta por um mundo melhor, mais justo, mais solidário e mais fraterno. Celebra o Zeca aquele que teima em sonhar, o tal sonho que comanda a vida.

Aqui chegamos, ao fim de festa, e o nosso sonho já deixou de o ser – comandou a vida, e concretizou-se, transformou-se em realidade.

Este projecto tornou-se um pouco de todos os que se envolveram na criação, dinamização e animação de cada uma das suas iniciativas.
E nenhuma delas houve que cheirasse a resignação, comodismo ou apatia.
Pelo contrário, em todas elas esteve presente a denúncia da injustiça, a indignação perante pobreza, a fome, a guerra...
Em todas elas transmitimos a insubmissão perante todos os que nos tentam convencer que este é o fim da História.
Em todas elas encontrámos mais pessoas que também dizem “sim, é possível um mundo melhor”.
Em todas elas quisemos construir um cantinho de um mundo novo, sonhando que talvez ele se possa propagar.

E em todas elas se sentiu a presença dos cravos vermelhos de uma Primavera, que embora ainda apenas sonhada, pelas nossas mãos unidas, poderá um dia tornar-se vida.

Vamos celebrar a vida!

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Zeca e Mário de Sá-Carneiro na Unicepe (Porto)


Caras Amigas,
Caros Amigos:

1. Desde 2007 que a UNICEPE, à quarta quarta-feira de cada mês, das 21h30 às 23h, vem homenageando um poeta.

2. O formato é muito simples:
- antecipadamente temos à venda os seus livros
- o nosso associado José Alves Silva faz uma apresentação sintética
- os interessados inscrevem-se para dizer um poema
- de 10 em 10 minutos um/a convidado/a canta uma canção.


3. No próximo dia 28 homenageamos Mário de Sá-Carneiro. E, para celebrarmos os 80 anos, pedimos ao Associado Agostinho da Silva que desta vez cante apenas canções do Zeca. Fá-lo-á acompanhado à tiorba (imagem em http://unicepe.com/jantares/noites/mario/mario.html ).

[Temos à venda (quase) todos os discos do Zeca].

Para afinar a voz haverá Porto POÇAS.
Vem e traz outro amigo também!
Saudações cooperativistas,
Rui Vaz Pinto
Presidente da Direcção
UNICEPE - Cooperativa Livreira de Estudantes do Porto, CRL
Praça de Carlos Alberto, 128-A
4050-159 PORTO
Telefone (351) 222 056 660

terça-feira, 27 de julho de 2010

Programação de Julho e Agosto


Clique na imagem para ampliar

domingo, 25 de julho de 2010

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Sábado, dia 24, na CasaViva (Porto) | Entrada livre


20h00 - Estreia mundial de "Zeca pirata" na RaDIYo CasaViva, em audição colectiva e comentada na cozinha.
22h00 - Projecção de "Legados de Zeca", um documentário de Marco Pereira, que gera a crítica que, presumidamente, José Afonso faria sobre a sociedade portuguesa pós-25 de Abril.

CASA VIVA (clique aqui)

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Canto Décimo / Vox Populi

Clique em cima das imagens para ler uma curta resenha da actividade dos dois coros (CANTO DÉCIMO / VOX POPULI) no âmbito do projecto "80 anos de Zeca".

terça-feira, 6 de julho de 2010

"O Brado da Terra", dia 17, Fenianos do Porto


Caros Amigos:

O espectáculo que preparamos para integrar a comemoração dos 80 anos do ZECA intitula-se "O Brado da Terra" e estará no próximo dia 17 de Julho(sábado), pelas 21,30h no Salão Nobre do Clube Fenianos Portuenses.

A entrada é livre e estão todos convidados.
.

Um Abraço a todos

Pelo NEFUP(Núcleo de Etnografia e Folclore da Universdade do Porto)

Armando Dourado

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Foi assim, no CLP...


"Legados de José Afonso", no Clube Literário do Porto, dia 30 de Junho.
Documentário de Marco Pereira

terça-feira, 1 de junho de 2010

Intervenção da organização AJA norte / “mc” – Mundo da Canção


A Associação José Afonso (núcleo do norte) e o “mc” – Mundo da Canção - em nome do projecto “80 ANOS DE ZECA” – saúdam com muita alegria e emoção a vossa presença, aqui, hoje, nesta rua de todas as cores que queremos venha a ser um ponto de encontro das várias gerações irmanadas na vontade colectiva de celebrar o Zeca. Permitam-nos que esta saudação se faça na pessoa de um homem de “grande firmeza”, que está aí entre vós, e que José Afonso cantou na faixa 10 do disco “Com as minhas Tamanquinhas”…ALIPIO DE FREITAS!
A Aja e o “mc” querem registar com muito apreço a colaboração solidária da Associação dos Amigos do Coliseu – já agora nas pessoas do Engenheiro José António Barros, Elísio Nogueira, Luis Barros e Fátima Pinto - ao ceder este espaço e ao contribuir com apoio técnico para que esta iniciativa fosse possível de realizar, nestes moldes, com este átrio a servir de palco e esta escadaria e a rua transformadas numa imensa plateia de liberdade.
Queremos, como será lógico esperar-se, abraçar muito efusivamente os homens e as mulheres que, generosamente e arcando com todas as despesas por si realizadas para aqui estarem, nos irão trazer a sua arte e os seus afectos, a este palco. Permitam-nos que essa saudação seja feita na pessoa de um “velho” companheiro do Zeca, e actual presidente da Associação José Afonso…Francisco Fanhais!
Queremos também agradecer à CMP que sem qualquer custo para a organização, acedeu aos pedidos feitos para o encerramento desta Rua concedendo todos os meios legais para que tal fosse exequível. Ao Manuel Barbosa que solidária e gratuitamente cedeu, montou e está a fazer o som um forte abraço amigo pelo seu trabalho e empenho.
A todos os companheiros que ontem e hoje montaram todo este cenário um reconhecimento muito especial pela beleza que conseguiram dar a este espaço que queremos de ternura, de encanto e de esperança na luta por dias melhores. Fez na passada 3ª feira, 25 de Maio, 27 anos que José Afonso deu o seu último concerto. Esse concerto, organizado pelo “mc” – Mundo da Canção, tendo à cabeça um homem que está ali atrás - Avelino Tavares - foi lá dentro com a sala do Coliseu repleta de gente para ver, ouvir e sentir o Zeca. Neste átrio, no final, muitos de nós percebíamos que, provavelmente, tínhamos assistido a um momento mágico e único que não se iria repetir nunca mais.
O projecto “80 Anos de Zeca” que decorre entre 2 de Agosto de 2009 e 1 de Agosto de 2010 quer, com a iniciativa que aqui vai decorrer hoje, assinalar essa data na certeza de que continua a fazer falta cantar, ler e olhar para o Zeca dos óculos grandes e distraído, mas sempre atento às amarguras da vida que perpassam pelos seres humanos. Pegue-se nalgumas das músicas que nos deixou e aí estão elas, infelizmente, tão actuais: a denúncia da violência de género, a crítica aos senhores do “posso, quero e mando”, a solidariedade com os povos oprimidos e sem pátria, a denúncia da exploração do homem pelo homem, a esperança de que com o permanente desassossego esta vida não tem que ser, sempre, vazia, cinzenta e triste.
Por isso, como o Zeca faria seguramente, queremos daqui saudar todos os homens e mulheres que, a esta hora, desfilam em Lisboa gritando o seu ódio ao vazio, clamando palavras de esperança por um mundo mais inclusivo e solidário no fundo exigindo que a justiça social não seja apenas uma figura de retórica vertida na Constituição da Republica.
Estamos aqui hoje porque como o Zeca, continuamos a pensar que faz falta avisar e agitar a malta, que faz falta a inquietação quotidiana, que é preciso a denúncia de um sistema feio e ameaçante que transforma os homens e as mulheres em números apenas necessários para calcular o PIB , resolver o “deficit” ou impor desumanização. Neste concerto de memórias, fundamentalmente viradas para o futuro queremos trazer até vós a certeza de que o mundo sem muros nem ameias, com gente igual por dentro e gente igual por fora, está aí, em todos os “cantinhos” de cada um de nós, à espera do que faz falta fazer.
Hoje, daqui, como o Zeca… desafiamos-vos: olhem as estrelas e deliciem-se: as grândolas de todos os dias nunca serão um redondo vocábulo enquanto houver força para a alegria da criação. Vamos, por isso… a isso…. porque vai valer a pena!



Foi assim, no sábado, no átrio do Coliseu do Porto...

Porque de um ESPECTÁCULO se tratou,
houve tanto para ver, tanto para ouvir... e tanto para sentir!
Há tanto para dizer...
Com estas pessoas, novas e menos novas e as que ainda levantam o braço... as que ainda se manifestam, as de cá e as de lá, acalentamos a esperança de que a CONSTRUÇÃO DO NOVO MUNDO é possível!
Dizer que FOI LINDO, QUE FOI MUITO BOM é muito pouco...

PARABÉNS!
Beijos para todos
Lígia Cardoso


Fotos Lígia Cardoso

Grândola final