domingo, 18 de abril de 2010

Sobre o "Festival de Coros"...


Iniciativa co-organizada pela Editora "LEMBRARIL" e pela Biblioteca Municipal Almeida Garrett inserindo-se na exposição "A GUERRA DOS CARTAZES".

O Festival dos Coros - onde muita gente teve a sua "primeira vez" política - correspondeu, basicamente, ao seguinte:
- a queima das fitas havia sido boicotada e suspensa em 1971 ou 1972 e em 1973 uma coisa chamada "Secretariado para a Juventude” lançou a organização de um “Encontro de Coros” que decorreria em várias cidades. Coimbra rebelou-se contra a iniciativa e ela veio mais cedo para o Porto.
Para o átrio da Faculdade de Ciências, no Porto, é convocado um “meeting” a 4 de Abril de 1973, com o objectivo de definir formas de luta.
A policia achou que era de mais, fechou as portas, porrada a torto e a direito e cerca de 270 estudantes presos que saíram pelas portas que dão para o Carmo, nas carrinhas da policia, em direcção ao Aljube, junto à Batalha, no Porto.
Depois de identificados, sujeitaram se à multa de 80 escudos e 50 centavos…os que não pagaram – cerca de 100 – foram julgados em 1 de Junho no antigo Tribunal de Policia, na Rua Firmeza. Muita gente presente e o juiz adia o julgamento que se realiza em Outubro de 73, agora no Tribunal de S. João Novo.
É claro que entre 4 de Abril e o processo dos julgamentos muita contestação houve. Greves nos liceus, em várias Faculdade, etc.
Para nos falarem de tudo isso, estiveram presentes RAUL CESAR SÁ, médico, “militante” à altura de uma corrente designada por “pops” e que teve papel relevante na “crise dos coros”e o professor universitário e historiador José Manuel Lopes Cordeiro.
Moderou Paulo Esperança, membro da direcção nacional da Associação José Afonso.

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